Resultado da audiência contra um dos responsáveis por matar égua a macetadas em Quatro Barras

Imagem da eguinha enviada para SPAC na manhã de 11 de junho de 2019.

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Ontem aconteceu a audiência preliminar contra Adilson Jose Saruva, um dos responsáveis pela morte da eguinha cega e idosa em 11 de junho de 2019 no município de Quatro Barras, cujo crime ele mesmo confessou na data do fato. Adilson contou para nós na presença dos Guardas Municipais de Quatro Barras que nos davam apoio para o atendimento da eguinha e na presença dos policiais da Delegacia de Polícia Civil do mesmo município que, com a ajuda de um trator da Prefeitura de Quatro Barras, retirou a égua viva do local onde ficou caída por pelo menos mais de um dia, a levaram para um terreno da Prefeitura, a macetaram até morrer e a enterraram naquele local.

Como Adilson não tem antecedentes criminais, foi lhe dado o benefício da Transação Penal, onde optou por pagar uma multa de R$ 998,00 a responder o processo criminal. Caso não cumpra com o pagamento, o Ministério Público dará prosseguimento ao processo. A conciliadora nos deu a palavra, no que nos manifestamos da crueldade que havia cometido, não providenciar atendimento veterinário e ainda removê-la em uma pá de trator, no sofrimento em que ela se encontrava e ainda matá-la. Adilson tentou negar o que já havia confessado, o que gerou uma discussão acalorada. Estaremos prontos para ajudar a Promotoria caso ocorra a sequência do processo.

A Secretaria do Meio Ambiente de Quatro Barras nos informou que haviam estado no local no dia anterior a morte da égua e notificado Adilson a providenciar atendimento veterinário ao animal. Que no dia seguinte foram ao local e a eguinha não estava mais lá. Que Adilson contou que havia tomado providências e depois receberam de nós a informação do que havia ocorrido. Adilson teve prazo para defesa da notificação e hoje ainda não puderam nos informar o valor da multa que Adilson terá que pagar por não ter providenciado atendimento veterinário ao animal e pelo ato de crueldade que praticou. Mesmo que ela tivesse morrido sem atendimento e não tivesse sido morta, ele responderia administrativamente por crime de maus tratos por não providenciar atendimento veterinário. Quanto ao funcionário que ajudou Adilson a cometer o crime contra a eguinha, foi aberto procedimento interno para providências. Ele deverá responder processo administrativo, bem como criminal.

Soraya Simon
Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
www.spacuritiba.org.br
(41) 98802-5232

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